segunda-feira, 21 de março de 2011

CRÔNICA: UM RETRATO DA REALIDADE !


 REESCREVENDO CRÔNICAS ATRAVÉS DA INTERTEXTUALIDADE!

Pode-se definir a intertextualidade como sendo um "diálogo" entre textos. Esse diálogo pressupõe um universo cultural muito amplo e complexo, pois implica a identificação e o reconhecimento de remissões a obras ou a trechos mais ou menos conhecidos. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos textos/contextos em que ela é inserida.
Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.  Os alunos reescreveram as crônicas escolhidas, adaptando-as  à realidade local, cultura, entre outros aspectos. Os textos foram escritos  pelos alunos da 7ª série.
SOU TORCEDOR

Jogam Grêmio e Inter. Meu coração se divide. Como qualquer gaúcho, nasci gremista. Aos 18 anos, resolvi virar de time para começar tudo de novo. Fiquei sem lugar para ir e um time para torcer.
Numa tarde de sábado, teria um Grenal em partida final de Gauchão. Muitos torcedores estavam no Beira-Rio para assistir ao jogo. Cheguei de ônibus ao estádio.
Andando pelo estádio, vi um torcedor conversando com a família. Havia três garotas e estava por vir um menino, que alegraria o pai por ter mais um torcedor na família. Ouvindo a conversa me lembrei de quando meu pai falava para mim que eu tinha que ser do Inter. Como estava distraído com a conversa, não vi o fim do jogo e, mesmo assim, tomei o rumo da casa.
Indo embora, encontrei um senhor com um radinho, ouvindo o jogo e perguntei:
_ Quanto foi o jogo?
_ Foi 3 a 2, disse o senhor.
_ Mas quem ganhou?
_ O Grêmio, naturalmente.
_ Obrigado.
Ao chegar em casa, meu pai me perguntou se estava bom o jogo.
_ Sim, respondi. Porém, não consegui ver o final do jogo, mas encontrei um senhor que me disse o resultado
No dia seguinte, fui à balada com meus amigos, durante a festa, conversando com eles sobre o jogo, tivemos uma discussão e acabei indo para o hospital.
Meu pai veio me visitar no hospital e tivemos uma conversa. Ele me falou sobre o Grêmio e, a partir daí, mudei de time novamente.
Ao sair do hospital, acompanhado pelo meu pai, vi uma linda mulher passando de carro. Era loira, LINDA!
Em pouco tempo conheci melhor aquela mulher e, depois de muitos anos de namoro, nos casamos.
Tivemos um filho homem, fiquei feliz por saber que daqui a alguns anos, teria alguém para contar a minha história no futebol.


Adaptado do texto O Torcedor de José Carlos Oliveira
Texto produzido por: Cristiano do Prado, Michele Vestena e Silvio  Alexandre da Silva dos Santos
7ª série                2011
Postado pela professora Vanderléia Scapin Galle




LUTO! E SUSTO...

No feriado de Carnaval, não havia nada para fazer. Então eu e minha amiga resolvemos sair para ver o desfile de rua.
Chegamos lá e para todo o lugar que eu olhava, enxergava pessoas embriagadas. O meu coração disparou ao ver um menino lindo, só para variar estava drogado, bebendo e fumando.
Distraí-me um pouco e o menino piscou, chamando para sair e voltar para casa com ele. Eu aceitei. Quando entrei no carro, percebi que ele estava completamente louco, nem sequer conseguia andar em linha reta. Então tentei avisá-lo para que ele parasse. Ele ficou bravo e me empurrou para fora. Mesmo com muito ódio dele, eu pedi para que Deus fosse com ele, ao que ele retrucou:
_ Só se for dentro da garrafa de cerveja.
Então ele acelerou o carro com força, descontrolou-se e caiu de uma ponte dentro de um rio.
Assisti a toda a cena, fiquei desesperada e liguei para a ambulância. Quando chegaram, era tarde demais, ele havia ficado preso entre os destroços do carro e morrido afogado.
O carro, com o impacto da água, ficou completamente destruído, mas a garrafa de cerveja estava intacta, boiando por cima da água.
Mas acho que foi muito bom isso ter acontecido comigo, pelo menos aprendo com quem devo me relacionar. 



Adaptado do texto Luto da família Silva de Rubem Braga
Texto produzido por Joice Piovesan Pegoraro
7ª série                2011
Postado pela professora Vanderléia Scapin Galle


A DESCOBERTA DO MENINO FUJÃO
Em um domingo, Seu Neymar resolveu sair para um torneio deixando seu filho Carlos na missa com seu avô. O pobre velho não enxergava muito bem e escutava pouco. Carlos não conteve de ir para o jogo. Sem seu pai saber, fugiu da missa deixando seu avô sozinho.
Carlos foi até a sua casa, pulou a janela do seu quarto para não ser visto pela mãe. Pegou seus apetrechos e escutando sua mãe conversando com um homem estranho na cozinha e parou para ouvir melhor.
A mãe de Carlos dizia:
_ Amor, qual dia vamos matá-lo?
_ Pode ser hoje mesmo! Quando Neymar chegar do jogo, você se esconde atrás da árvore no quintal que eu disparo um tiro nele. Assim poderemos fugir juntos com toda a sua herança.
0 menino escutando essa conversa, apavora-se e sai correndo rumo ao torneio, no local que seu pai estava.
Seu Neymar, ao ver o filho chegando, começa a xingá-lo:
_ O que você está fazendo aqui? Não falei que era para ficar de companhia a seu avô?
_ Mas pai, fugi da missa  e vi em casa minha mãe te traindo e planejando junto com o amante te matar!
_  Oh, filho! Tu estás louco! Eu amo muito tua mãe!
_ Mas, pai, não vês que ela não gosta do senhor. Ela só quer o teu dinheiro. Depois que te matarem, quando tu chegares a casa, ela vai fugir.
_ Para filho com essa bobeira, nós já perdemos o jogo e vamos embora, sei que é uma frescura de sua cabeça.
Ao chegar em casa, Carlos fica na camionete, enquanto seu pai direciona-se para dentro de casa e é surpreendido por um tiro. Carlos vê a cena e sai correndo até o pai que se encontra caído. Mesmo baleado, Neymar disse ao filho:
_ Desculpe! Não acreditei em ti, tua mãe não vale nada! Fique com teu avô
Essas foram as últimas palavras do pai que Carlos escutou.
A mulher e o amante fugiram com todos os bens deixando o filho.

Adaptado do texto A Fuga de Fernando Sabino
Texto produzido pelos alunos Jardel Dias dos Santos, João Pedro Pegoraro e Joice Piovesan Pegoraro
7ª série – 2011
Postado pela professora Vanderléia Scapin Galle

                                                       
                                                      O ASSALTO
Uma loira estava no balneário e resolveu comprar um sorvete, quando o vendedor disse o preço, ela gritou:
_ Isso é um assalto!
Muitos banhistas escutaram aqueles gritos e vieram para perto para saberem o que tinha acontecido, outra mulher chamou a polícia. Outros falaram:
_ Ela correu por aqui e entrou num carro preto.
Mas que carro!! Não se viu carro andando por ali e pessoas alarmavam que tinha mais de um elemento no assalto e que só uma havia fugido. Muitos iam para suas barracas a fim de verificar se não haviam roubado nada.
A tal loira já tinha roubado em outros lugares e agora estava acompanhada de uma morena.
_ Uma morena magra estava armada com uma arma de alto calibre, diziam os passantes.
_ Nossa Senhora, o mundo está virado de pernas para o ar, disse o padre.
A polícia chegou e foi atrás da suposta morena que estava armada na lancheria. Ao abordar a suspeita, perceberam apenas que a arma de alto calibre era um simples guarda-sol. Os policiais falaram para o padre que ela não estava armada e que era para o pessoal ir circulando. Conforme diminuía o número de pessoas, pôde-se observar que a loira saiu correndo e os policiais gritavam:
_ Peguem, peguem. Instantes depois, prenderam a loira que, chorando, dizia:
_ Eu achei um assalto o preço do sorvete e vocês me fizeram perdê-lo.

Adaptado do texto O Assalto de Carlos Drummond de Andrade
Texto produzido pelos alunos Anderson Sampaio da Silva, Mateus Pegoraro, Mariana Steffenello Cargnin e Aguinaldo do Prado
7ª série – 2011
Postado pela professora Vanderléia Scapin Galle






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